“Anjo da Guarda” – Acordamos com o barulho do motor dos carros que estavam na fila para entrar no ferry. Depois de uma breve espera pela arrumação dos carros no ferry e algumas empanadas de carne + coca-cola de desayuno, finalmente partimos rumo `as ilhas. Viajamos no calor dentro na nossa “cabine”, nossa propria casinha. Chegamos em Boca por volta das nove da manhã e fomos direto procurar o sruf.
Após checarmos todos os picos que o The Surf Report recomendava, acabamos parando num pico chamado Paunch. Uma esquerda, reef break que não parava de quebrar. Meio buraco mas tinha uma parede manobrável.
Era o único pico com olas surfáveis e só havia um gringo surfando. Os meninos caíram ali e eu fiquei emcima da casinha sacando fotos e video. Após o surf, lanchinho na casinha e siesta no forte calor da tarde. Mais tarde eles deram outra caída e depois fomos dar uma volta para conhecer o resto das praias daquele lado. Cruzamos com os franceses em the Bluff, beach break caixote e um bicho- preguiça.
Depois da checada nos outros picos e do surf final de tarde, rumamos em direção ao centrinho para procurarmos um lugar para tomarmos banho. Enquanto não achávamos um chuveiro, um casal de gringos em bicicletas nos abordou e perguntou se havíamos perdido uma prancha de surf. Eles tinham acabado de ouvir falar que haviam encontrado uma lá pelas bandas onde havíamos passado o dia. Eles ouviram ainda, que a prancha devia ter caído de uma truck preta com uma casinha branca atrás, e quando eles nos viram, logo nos reconheceram.
Quando os meninos foram checar no topo da casinha, realmente, a 5’ 11” do Beto não estava lá, junto com as outras. Aflito, Beto resolveu voltar na mesma hora para a praia e foi encontrar sua prancha preferida, sã e salva no camp do Kinga, onde havíamos cruzado com os franceses naquele mesmo dia. No caminho, encontramos com o anjo que achou a prancha caída na estrada e que havia deixado no Kinga. Era um gringo americano missionário. Nós já estavamos dirigindo de volta pro centrinho quando cruzamos com ele na Estrada. :he oferecemos uma carona, era o mínimo que podíamos fazer pore le. No carro, ouvimos parte de suas histórias como missionário na Colombia e em Cuba. Quando chegamos no centro ele nos ofereceu sua casa para tomarmos banho e depois o convidamos para jantar. Depois do rango deixamo o Dean em casa e fomos dormir de volta na praia. Obrigada señor, gracias Dean.
*Percorremos pouco mais de uma hora em estrada de terra até cruzarmos umas pontes e a fronteira da Costa Rica com o Panamá, no lado do Atlântico. Foi muito tranquilo entrar no Panamá, já tínhamos visto então não precisamos desembolsar mais nada. O carro, custou apenas uns cinco dólares. Sem maiores burocracias, eles deram somente quinze dias para o carro. Nossos visas valem mais. Entramos no Panamá e rumamos direto `a Almirante para pegarmos o ferry do dia seguinte.
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