“Mais embaço” – Dormimos em um charco seco, na esperança de surfar “Las Lisas” de manhã cedinho com o veto terral. Acordamos com um cachorro muito chato latindo sem parar e, já impaciente, apressei a Rafa e o Beto para irmos em direção do surfe. Tanta correria para chegar na praia e ver a maior fechadeira de maré seca, sem nenhuma chance de surfe. Inconsolado, eu resolvi checar essa quina do litoral lá no horizonte, que me parecia melhor. Corridinha de 20 minutos que, no pior das hipóteses, serviria de malhação-do-dia já que o plano do dia era surfarmos de manhã cedo e mirarmos em direção da fronteira com El Salvador para cruzarmos ainda com a luz do dia. E foi isso que aconteceu. As ondas que eu vi não me convenceram de surfar Las Lisas e metemos o pé na estrada.

Chegamos na fronteira por volta das 11:00 da manhã. Já tínhamos o visto Salvadorenho que tiramos em LA, com a Cônsul super-simpática D. Corália, amiga do Manoel. Pegamos o carimbo de entrada e permanência por 30 dias. Fui junto com a Zoilhi agitar a papelada dos respectivos carros. Foi quando rolou outro embaço de fronteira. Nos deram 30 dias como turistas, ok. Mas, para os carros deram apenas 24hs! Se não saíssemos de El Salvador em 24hs com o carro, poderíamos ter nosso carro-casa confiscado pela aduana Salvadorenha! Pedimos para trocarem o prazo do carro mas só diziam “no, no, no.” Alegavam que nós havíamos dito que estávamos em trânsito… e não turismo (?!). Ele não queriam refazer a papelada, nem agente queria pagar por tudo de novo! Resolvi então apelar para a D. Corália e ligou pra ela lá em Los Angeles. Depois que falamos com ela e mencionamos seu nome de volta na cabine do visto, tudo começou à mudar……. Os papéis foram refeitos e fomos finalmente liberados, às quatro da tarde.